«A arquitectura do romance conjuga expressões extremas de duas tendências, cujo conflito é notório ao longo da carreira de Eça: a tipificação flagrante de uma dada interacção humana, que aqui se traduz por um largo cosmorama e por descrições minuciosas de vários ambientes sociais lisboetas colhidos […] e a alegoria (afinal romântica, embora intencionalmente ironizada) de um sonho divino que se degrada numa coisa imunda, ou, noutros termos, de um destino patético sempre contíguo a uma comédia grotesca, e com traços obviamente alheios ao código da verosimilhança naturalista. […] Este romance parece realizar um paradoxo: assinala, sob certos aspectos, o apogeu da técnica deliberadamente naturalista de Eça, mas trai uma irreprimível idealidade, que se exaspera ao chocar contra um tabu moral.»,
OS MAIAS
Eça de Queiroz
«A arquitectura do romance conjuga expressões extremas de duas tendências, cujo conflito é notório ao longo da carreira de Eça: a tipificação flagrante de uma dada interacção humana, que aqui se traduz por um largo cosmorama e por descrições minuciosas de vários ambientes sociais lisboetas colhidos […] e a alegoria (afinal romântica, embora intencionalmente ironizada) de um sonho divino que se degrada numa coisa imunda, ou, noutros termos, de um destino patético sempre contíguo a uma comédia grotesca, e com traços obviamente alheios ao código da verosimilhança naturalista. […] Este romance parece realizar um paradoxo: assinala, sob certos aspectos, o apogeu da técnica deliberadamente naturalista de Eça, mas trai uma irreprimível idealidade, que se exaspera ao chocar contra um tabu moral.»,
ficçãoTINTA DA CHINA
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