Este livro, na sua constante oscilação entre passado e futuro, pretende fazer algo como encontrar no passado os fios de uma narrativa perdida – que raramente foi a vencedora – e encontrar uma forma de lhe dar sequência. A narrativa de que falo é a de uma Europa unida e livre. Não uma Europa feita apenas por um cartel de estados, nem unida num super‑estado centralizado, porque nessa Europa as pessoas seriam cada vez menos livres. […] A pergunta certa, por isso, não é se ‘vale a pena’. A pergunta certa é: o que podemos fazer antes que seja irremediável? Devemos transcender diferenças menores para responder a estas necessidades maiores: evitar uma segunda depressão e conquistar a democracia europeia. Para o conseguir, esta geração de líderes terá de ser suplantada por um discurso público, cívico, fraterno, que inverta este plano inclinado de rancor e recriminação.
A IRONIA DO PROJETO EUROPEU
Rui Tavares
Este livro, na sua constante oscilação entre passado e futuro, pretende fazer algo como encontrar no passado os fios de uma narrativa perdida – que raramente foi a vencedora – e encontrar uma forma de lhe dar sequência. A narrativa de que falo é a de uma Europa unida e livre. Não uma Europa feita apenas por um cartel de estados, nem unida num super‑estado centralizado, porque nessa Europa as pessoas seriam cada vez menos livres. […] A pergunta certa, por isso, não é se ‘vale a pena’. A pergunta certa é: o que podemos fazer antes que seja irremediável? Devemos transcender diferenças menores para responder a estas necessidades maiores: evitar uma segunda depressão e conquistar a democracia europeia. Para o conseguir, esta geração de líderes terá de ser suplantada por um discurso público, cívico, fraterno, que inverta este plano inclinado de rancor e recriminação.
não-ficçãoTINTA DA CHINA
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