Ao longo dos séculos, a aliança inglesa constituiu o principal ponto de referência das relações externas de Portugal. Forjado em finais do século XIV, o matrimónio pragmático entre as duas nações marítimas conseguiu sobreviver aos sobressaltos e mutações em que a história europeia foi fértil e chegar intacto ao século XX.
Com as alterações sistémicas produzidas pela Segunda Guerra Mundial, porém, a protecção que a Grã-Bretanha formalmente dispensava às colónias portuguesas — uma das principais razões de ser da aliança — foi posta em causa. A forma como Londres geriu o seu processo de descolonização afectou significativamente a estabilidade do império português e o relacionamento entre os dois aliados.
Baseado numa investigação exaustiva, «Os Despojos da Aliança» oferece-nos uma perspectiva inédita da crise final do colonialismo português e do acidentado processo de descolonização que se lhe seguiu. Ficamos agora a compreender melhor a complexa rede política e diplomática em que Salazar se moveu, na tentativa de preservar o «status quo» do império português, e a posição que a Inglaterra foi assumindo, procurando salvaguardar as suas ligações com os EUA, os aliados europeus e a emergente Commonwealth multirracial.
«Há muito que não era publicado um livro sobre as relações luso-britânicas e a questão colonial com a profundidade e o detalhe destes ´Despojos da Aliança´ de Pedro Oliveira, um nome a reter na historiografia contemporânea.», José Medeiros Ferreira
DESPOJOS DA ALIANÇA (OS)
Pedro Aires Oliveira
Ao longo dos séculos, a aliança inglesa constituiu o principal ponto de referência das relações externas de Portugal. Forjado em finais do século XIV, o matrimónio pragmático entre as duas nações marítimas conseguiu sobreviver aos sobressaltos e mutações em que a história europeia foi fértil e chegar intacto ao século XX.
Com as alterações sistémicas produzidas pela Segunda Guerra Mundial, porém, a protecção que a Grã-Bretanha formalmente dispensava às colónias portuguesas — uma das principais razões de ser da aliança — foi posta em causa. A forma como Londres geriu o seu processo de descolonização afectou significativamente a estabilidade do império português e o relacionamento entre os dois aliados.
Baseado numa investigação exaustiva, «Os Despojos da Aliança» oferece-nos uma perspectiva inédita da crise final do colonialismo português e do acidentado processo de descolonização que se lhe seguiu. Ficamos agora a compreender melhor a complexa rede política e diplomática em que Salazar se moveu, na tentativa de preservar o «status quo» do império português, e a posição que a Inglaterra foi assumindo, procurando salvaguardar as suas ligações com os EUA, os aliados europeus e a emergente Commonwealth multirracial.
«Há muito que não era publicado um livro sobre as relações luso-britânicas e a questão colonial com a profundidade e o detalhe destes ´Despojos da Aliança´ de Pedro Oliveira, um nome a reter na historiografia contemporânea.», José Medeiros Ferreira
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